Renovação dos Votos Temporários

Fratres da Província BRM renovam seus votos de Pobreza, Obediência e Castidade na Congregação dos Sacerdotes dos Sagrado Coração de Jesus

Notícias

31.01.2025 - 17:00:00 | 5 minutos de leitura

Renovação dos Votos Temporários

Durante os dias 27 a 31 de janeiro de 2025, os fratres, religiosos de votos temporários, da Província BRM, estiveram reunidos no Seminário São José, em Rio Negrinho-SC, preparando-se, por meio de um retiro, para renovar as promessas conforme a Constituição da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus. O retiro contou com a ilustre presença de Dom Murilo Ramos Krieger, SCJ, que dirigiu as reflexões e o andamento do retiro. Neste tempo, os religiosos se dedicaram à convivência fraterna e à oração, discernindo e reafirmando a vontade de Deus em suas vidas, conforme o carisma dehoniano.


Com a inspiração do Espírito Santo, sem o qual nada se pode contemplar, este retiro foi ornado com as meditações de Dom Murilo que, partilhando das riquezas da Igreja e da sua avantajada experiência, possibilitou aos fratres conteúdo sólido da espiritualidade cristã, preenchendo a mente e o coração com o anseio de encontrar e amar o Senhor, dentro deste mesmo carisma dehoniano. De modo conjunto, permaneceram unidos à Igreja Universal através da oração cotidiana do Ofício Divino, do Santo Terço, da Adoração Eucarística e da Santa Missa.


O convite ao retiro iniciou com as palavras do próprio Cristo: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3, 20). Com este invitatório, recordou aos religiosos que Deus quer os seus por inteiro, não aceitando a mediocridade, e por isso, faz propostas ousadas que exigem total atenção à voz de Cristo em meio às distrações do mundo. Como dissera Padre Dehon: “Deus não consegue fazer nada de nossas obras se nelas não estiver o nosso coração”.


Neste caminho, precisamos permanecer “com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 2). Ora, Cristo é o centro e a razão da vida e da vocação. Sem Ele, não se pode conhecer o Pai. Eis a missão da Igreja: fazer Cristo nascer nos corações dos homens pela obra do Espírito Santo. Enquanto colaboradores do Plano Divino da Salvação, o religioso dehoniano deve também reconhecer o Cristo como fundamento imutável da fé, aproximando-se dele na sincera e íntima amizade.


Dedicando-se aos mistérios de Cristo, logo menciona-se o seu Sacratíssimo Coração. Utilizando-se da atualíssima encíclica Dilexit Nos, os fratres foram motivados a refletir sobre o Coração de Cristo: centro unificador da pessoa; imagem do amor divino e humano; e síntese do Evangelho. Dentro da espiritualidade do Sagrado Coração, nos deparamos com o Amor que não é amado. Este Coração precisa ser consolado e, por isso, quis precisar da humanidade para trazer a bondade ao mundo, isto é, reparar! Assim refletiu-se no retiro: “Jesus quer me usar para fazer o bem em nosso tempo”. Tudo o que Deus criou, foi para que sua glória fosse manifestada e a humanidade deve colaborar em manifestar este mesmo louvor agora e na eternidade.


A esperança foi um tema que percorreu todo o retiro. “Sei em quem acreditei” (2Tm 1, 12). Com essa inspiração, aprendeu-se com a vida do apóstolo Paulo que o Evangelho deve ser anunciado sem cessar, superando a mediocridade, mas dando tudo pelo Cristo, afinal, quais os areópagos dos tempos hodiernos? O sacrifício da alma humana se encontra com o sacrifício de Cristo, encontrado na Eucaristia: “Tenho desejado ardentemente comer esta Páscoa convosco” (Lc 22, 15). Não há Igreja sem Eucaristia, logo, todas as atividades pastorais da Igreja devem levar à Eucaristia.


Ao refletir sobre a virtude da castidade, tomou-se a expressão de Paulo: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13, 14). O corpo é para o Senhor, comprado com o Sangue de Cristo, o qual deve ser meio de glorifica-lo através da obediência aos seus mandamentos. Com as tantas desilusões do mundo, a castidade é ainda um dom de Deus, consequência de um Reino que já habita no homem.

A figura de Maria também fora recordada, conforme o número 85 das Constituições da Congregação. Deus quis escolher Maria e ela mesma participa da Obra da Redenção. Ela não tinha planos de vida, seu único projeto era Jesus. Era fiel a sua vocação dia após dia, sem saber tudo o que passaria no futuro. Assim refletiu-se: “Das almas fiéis, Deus pede cada vez mais; das almas infiéis, Deus também pede mais, mas estando embotadas, não compreendem a vontade de Deus”.


“A Igreja está sempre no cenáculo” disse São João Paulo II. No cenáculo ocorreu o Pentecostes. Mas quem é o Espírito Santo? Observando as descrições do Credo Niceno-constantinopolitano e da antiguíssima oração do Veni Creator, pôde-se elencar diversas descrições sobre o Espírito Santo. Ele é o amor partilhado ente o Pai que ama e o Filho que é amado. Ele é a alma da Igreja, que vive um Pentecostes perene.  

Assim motivados, ainda com instruções sobre a importância da Lectio Divina e da Liturgia das Horas, os fratres dehonianos vivenciaram este tempo favorável da graça divina para inspirar seus corações aos moldes do Coração de Cristo.


Durante a Santa Missa celebrada na manhã do dia 31 de janeiro de 2025, os referidos religiosos renovaram seus votos, dispostos a permanecer no seguimento de Cristo. A Celebração Eucarística fora presidida por Dom Murilo, concelebrada pelo superior provincial, Padre Sildo César da Costa, SCJ, contando com a presença do monge trapista Padre Lázaro, OCSO, e de alguns outros religiosos dehonianos.


Rezemos pela perseverança de cada qual e pelas vocações sacerdotais e religiosas.


Fonte: Comunicação BRM
Mais Notícias