A espiritualidade do século XIX
Apesar das palavras de S. Afonso Maria de Ligório (+1787) – “Deus ama e quer ser amado sem medo” –, até meados do século XIX, predomina a ideia de um Deus terror, que assusta e castiga. Cristo parece ausente da espiritualidade.
06.09.2017 - 00:00:00 | 2 minutos de leitura

Apesar das palavras de S. Afonso Maria de Ligório (+1787) – “Deus ama e quer ser amado sem medo” –, até meados do século XIX, predomina a ideia de um Deus terror, que assusta e castiga. Cristo parece ausente da espiritualidade.
Entre os cristãos praticantes, acentua-se a importância do sofrimento e da expiação, nomeadamente em França, onde as consequências trágicas da Revolução foram interpretadas como castigo de Deus. Entretanto, sobretudo depois da instituição do Apostolado da Oração (1854) e da publicação do Mensageiro (1860), afirma-se a devoção ao Coração de Jesus, que reaproxima as pessoas de Cristo e da Sagrada Escritura.
Ainda no século XIX, diversas aparições marianas contribuem para a animação da vida cristã: La Salette (1846), Lourdes (1858), Pontmain (1871). O mesmo acontece com o movimento missionário lançado por Paulina Jaricot (+1862) e Carlos Lavigérie (+1892).
Todo este movimento espiritual se repercute na cultura. A partir de 1875, fundam-se as universidades católicas. Contemporaneamente os leigos católicos, nas universidades civis, dão um testemunho vivo de fé com a sua presença em campos como a Filosofia (Ollé-Laprume, Blondel, G. Marcel e toda a corrente do espiritualismo), a Ciência (Pasteur, Ampère), a Literatura (Péguy, Bloy, Claudel e outros). Trata-se de um cristianismo militante, por vezes subtilmente psicológico. O brilhantismo da fé, a profundidade do pensamento, e a beleza da arte dão às realidades religiosas e cristãs uma ressonância que ultrapassa as fronteiras da França e se espalha pela Europa e pelo mundo.
Com a crise modernista, alguns intelectuais católicos confrontam-se com a desconfiança da Igreja. Mas podemos afirmar, sem sombras de dúvida, que o cristianismo do século XIX foi espiritualmente rico e vivo. Afirmaram-se santos como João Maria Vianney, Marcelino Champagnat, Frederico Ozanan, Teresa do Menino Jesus e Isabel da Trindade.
Em 1905, é promulgada a lei da separação da Igreja e do Estado. Os bens das ordens religiosas são confiscados e elas entraram em grandes dificuldades económicas. Mas cresce notavelmente a sua organização e espiritualidade.
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